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O Educador Musical no Brasil

      A partir de 2012 entrará em vigência a Lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008 e que insere na grade de matérias de todas as escolas públicas e privadas do país o ensino da música. Essa inclusão requer profissionais preparados para atender a demanda de alunos e também estrutura para viabilizar o ensino da música. Em função disso, o educador musical deve estar apto à propiciar a integração do aluno e somar qualidades na formação deste como um indivíduo dentro da sociedade. 



    Sabe-se que a música tem a capacidade de promover o desenvolvimento motor, a concentração, expressividade, criação e quando trabalhada em grupo promove a cooperação e desinibição da criança dentre outras habilidades de cunho físico-cinestésica, lógico-matemática, verbal e espacial. Munido desses conhecimentos, o educador deve estar capacitado para criação de projetos que desenvolvam essas habilidades, de acordo com as possibilidades do seu local de trabalho, bem como estar aberto à descobertas e improvisos afim de somar ferramentas para um bom rendimento escolar geral do aluno.

       Em relação à maneira e qual o tipo de música a ser ensinado nas escolas, deve-se levar em consideração vários fatores como: região, faixa etária e aspectos sócio-culturais que formam a realidade de vida do aluno; primando sempre por veias culturais nacionais, com a intenção de introduzir a diversidade musical brasileira e toda a riqueza de ritmos, instrumentos típicos, folclore, e melodias tradicionais das várias regiões do Brasil. Não obstante, o educador deve-se ater à apresentação de músicas e estilos de todos os lugares do mundo, afim de promover uma idéia cultural de diferentes povos através de sua música. 



          O educador deve fornecer ferramentas que propiciem o trabalho do pulso interno, senso rítmico e melódico, a voz, a coordenação motora e percepção corporal do aluno além de conhecimentos teóricos musicais. O canto coral, a flauta doce, o violão e até mesmo materiais da escola são algumas das formas mais práticas de trabalhar, devido a facilidade de acesso aos instrumentos e que viabilizam também a prática em conjunto. De maneira lúdica, pode-se ensinar música através de jogos que envolvam elementos musicais, brincadeiras coletivas que viabilizem a coordenação, confecção de instrumentos, arranjos simplificados de músicas populares para reprodução e apreciação musical. Tudo que vier desenvolver a percepção e o senso crítico do aluno será vantajoso, e cabe ao educador discernir as dificuldades enfrentadas pelo aluno no processo de aprendizagem; sem exigir além da capacidade dos alunos para não anular sua auto-confiança e predisposição para os estudos.


        A formação musical que deve ser oferecida ao aluno deve ser abrangente, e não simplesmente técnica priorizando uma formação instrumental, em canto ou estético-musical. Ao aluno devem ser dadas informações e ferramentas suficientes para que ele consiga se expressar através da música, despertar um gosto musical, reconhecer características presentes na música indiferente dos gêneros ou instrumento musical adotado. 


       O educador juntamente com a direção da escola, deve-se ater também à condução das aulas para que as mesmas não sejam vistas como mero momento de distração ou lazer por parte dos alunos, é necessário um trabalho de cunho pedagógico eficiente que mantenha o foco e interesse dos alunos e ao mesmo tempo seriedade e dinamismo no seu decorrer. O objetivo fundamental do educador musical, junto da escola é garantir a igualdade de oportunidades e proporcionar a cada criança os meios necessários de acesso à música e seus benefícios para se tornarem sensíveis à ela.





REFERÊNCIAS:

ABRIL, Editora - Educar para crescer: 11 respostas sobre a obrigatoriedade da música na escola. Diponível em http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/musica-escolas-432857.shtml Acesso em: 25 de nov. 2011.

LOUREIRO, Alícia Maria Almeida – O Ensino da Música na Escola Fundamental: Um estudo explortório. Belo Horizonte, Mestrado Educação Musical PUC/Minas, 2001. 241 p. Trabalho de Conclusão de Curso.

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